Racismo, sim racismo.

Menino negro é expulso da frente de loja na Oscar Freire, em SP.

A terra que por obrigação deveria reparar tantos erros cometidos no passado ao povo negro ainda tem a tacanha cara de pau de continuar a cometer absurdos como esse…

Confesso e entendo que a funcionária não deve ser “queimada em Praça Pública” ela tem de ser orientada e esclarecida a não reproduzir o que não conhece, tem de ser indagada que situação como essa poderia acontecer com um filho seu, e que dependendo de como anda a dor e indignação da família do menino agredido ela poderá nos próximos momentos do dia sofrer uma punição com pauta na Lei 7.716 (Lei de racismo, 25 anos em 2015) de 1989, em seu art. 20 (alterado em 15/05/1997 pela Lei 9.459). Na verdade daria mesmo um copo de água com açúcar para acalmar a moça e como “castigo” vou sugerir que a Gerente e todas as vendedoras estudem a vida das líderes negras do Brasil, começando por Dandara. Vou dar uma moral fazendo copy de um wikipédia aqui:http://pt.wikipedia.org/wiki/Dandara

A empresa sim deve, por obrigação e conduta justa, vestir a carapuça, assumir o estrago e rever seus conceitos. Como sugestão, digo para que peguem a Nota publicada na imprensa e inverta em ações afirmativas, mesmo sabendo que é bem pouco:

1- Incluir mais colaboradores e vendedoras negras em seu quadro;
2- Atualizar o treinamento do seu pessoal, com direito a aula de história e leitura obrigatória das obras do Milton Santos e dos livros de História Critica Brasileira. Além de espalhar frases do Martin Luther King Jr, Mandela da Rosa Parks e demais líderes negros no ambiente de trabalho;
3- Colocar uma placa em cada loja com a informação de que as roupas ali vendidas são confeccionadas, na sua maioria, por costureiras e artistas negras;
4- Aumentar a remuneração das costureiras e artistas, elas agradecem;
5- Financiar, como patrocinadora Master, uma campanha nacional contra a Lei para redução da maioridade penal (aprovada pelos tarados do CCJ), já que esse absurdo é um retrocesso além de não ser a solução inteligente.

Adotando isso, aumentaria a circulação de ideia, a discussão e confirmaria que a Animale é uma empresa brasileira que respeita e faz questão de celebrar a diversidade do seu país sede.

Por fim, cá entre nós, nota para imprensa? Meu amor, isso não diminui a revolta a dor e a indignação da família, a confusão na mente do pequeno, e o desconforto em negros que como eu, em 2015, depois de ter passado por situações iguais ou piores que essa ainda ter que ficar revoltado com casos dessa natureza.

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